terça-feira, 2 de maio de 2017

DECISÃO FORA DO COMUM.

Minha decisão de ordenar ao imediato que mandasse todos os tripulantes irem dormir sem escalar os quartos de vigia foi fora do comum. ---- Como quiserem (.) ----, eu disse, enfiando a cabeça para fora do cubículo. Todos sentiram então quão ocos eram meus modos. Subindo à bordo, eu trouxera o vazio para dentro deles. Escoltara até ali o vazio e a quietude da navegação econômica. ----- Eles controlam um poder exorbitante , sem dúvida. Um dos pivôs industriais do sistema ; seus andróides desde sempre ligados aos seus esforços de colonização. A Associação dos Rosen entendia isso perfeitamente. Eu, o próprio capitão, encarregar-me-ia de um turno de cinco horas sozinho. ---- Não é de hoje que as sombras dos relógios solares e dos mostardos sobre a Terra servem para conhecer e medir o céu.  Mas é ainda o Céu que mede,  projeta-se e reflete-se em si mesmo. A Terra e nós estamos ''apenas presentes''. Não somos a atividade principal. Isso a Associação dos Rosen não entendia direito. Minha condição de intruso me tirava o sono , mas graças à ela  é que eu pudera ditar aquele arranjo contrário à convenção e chegar à um acordo co aquele navio do qual não sabia nada, tripulado por gente de quem sabia muito pouco. Eu mal pudera ver o navio direito, antes de subir à bordo. Mas agora que me apresentava desembaraçado para a viagem , a extensão do meu convés não me parecia pequena. Belo, espaçoso e muito convidativo. 

K.M.

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