Depois de Shakespeare e de Burton , a literatura não conheceu maior gourmand de palavras do que James Joyce. Como que cônscio do fato de que a ciência havia despojado a língua de muitas de suas possessões originais e de suas províncias ultra-marinas , Joyce decidiu fazer a anexação de um outro reino abaixo do solo. Ulisses capturou em sua brilhante rede as algas vivas da vida subconsciente ; Finnegans Wake solapa os baluartes do sonho lúcido e do sono em geral. A obra de Joyce , mais do que qualquer outra depois de Milton , traz de volta ao ouvido inglês a vasta magnificência de seu legado linguístico. Ela utiliza grandes batalhões de palavras, chamando de novo às fileiras palavras enferrujadas ou adormecidas por longo tempo , e recrutando novos vocábulos pelo esforço da necessidade imaginativa. Ao contemplarmos a batalha vencida de modo tão decisivo , no entanto , podemos atribuir-lhe um significado especial. Não houve nenhum sucessor GENUÍNO de Joyce em inglês; talvez não possa haver sucessor para um talento tão exaustivo de seu próprio potencial .E o que é mais importante : os tesouros que Joyce recuperou para a linguagem ao voltar de suas extensas incursões permanecem empilhados, faiscando infinitamente, iluminado o pensamento científico e artistico mais alto. Ao redor de seus esforços entraram em circulação. Não procuravam nada semelhante, mas tiveram que reconhecer a vivificação geral do espírito do discurso que se seguiu a Spencer e Marlowe. Eu não sei porquê.
K.M.
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