Materiais como os ''cuprates'' pertencem á categoria de uma forte interação na superfície, até o ponto de perder sua própria individualidade na força de sua correlação. ''Estes efeitos coletivos sumamente complexos da mecânica quântica são belissimamente capturados pela física dos buracos negros'', disse Hong Líu, professor de MIT (Massachussets Instituct of Technology). '' Para os sistemas de forte correlação, se colocas um elétron no sistema, imediatamente ele desaparecerá e já não poderá ser rastreado''. Assim estes elétrons que em alguns casos se comportam como ''ladrilhos de construção'',em outros se comportam como excitações coletivas - mesmas que não podem descrever-se pelos modelos quânticos atuais e poderiam corresponder ás propriedades de buracos negros em dimensõe superiores.
Um teoria da gravidade quântica poderia ter que abandonar a noção de que os constituintes básicos da matéria são partículas, e considerar que os eventos que surgem na superfície do ''mar'' são eventos unidos a uma série de eventos a partir de uma maior profundidade. As implicações filosóficas disto seriam enormes, já que em certo sentido tudo o que ocorre a nossa volta seria a manifestação superficial de um ordem mais profunda, de uma vibração hiperdimensional. O fundo desse mar (do qual surge o mar) é incomensurável, sua fonte é inconcebível.
David Bohm via a relação entre a consciência e a matéria de maneira muito similar á dualidade holográfica: o conteúdo implicado da consciência se manifesta no espaço-tempo como um fenômeno material que guarda relação com a totalidade da qual emerge. Na visão de Bohm, a matéria escura e as supercordas extra-dimensionais seriam articulações da consciência. Segundo o AdvaitaVedanta, a consciência não é uma propriedade do Brahman (o incomensurável, o imutável, deus), mas é sua própria natureza. Não há diferença entre esse mar do qual emerge o mundo e a consciência? Segundo Herr von Welling, com apenas um grão de sal e uma partícula de Pedra Filosofal na água, sepode construir um novo universo; segundo William Blake em um grão de areia se encontra um mundo inteiro:
"Ver o Mundo num Grão de Areia
E o Céu numa Flor Silvestre,
Agarrar o Infinito na palma da mão
E a Eternidade num instante."
(William Blake)
Postado por Matheus Dulci à