É perfeitamente possível empurrar o problema da instabilidade sistêmica com a barriga . Mas, dentro de uma tal instabilidade sistêmica, não haverá crescimento para a economia mundial . Pode não estourar, mas também não crescerá . Consenso em condição sine qua non dessa falsa estabilidade ?? SE algumas pessoas que pensam assim se tornassem analistas de riscos e dissessem o que de fato é a especulação atual , alguns investimentos tenderiam a se afastar do mercado, gerando um fenômeno . Vide o exemplo do que aconteceu com Mitterand em 1981 , e depois com Chirac de novo. A França havia ficado prisioneira desse processo . Chirac virou nas eleições presidenciais quando disse que aquela situação de desemprego não era mais sustentável e que a economia tinha que crescer. Ora, crescer , num contexto como aquele , a menos que todos mudassem e, particularmente no contexto europeu , onde a França e a Alemanha são os principais pilares ---- significava inevitavelmente desvalorizar o franco frente ao marco, abandonando a idéia da moeda forte . Chirac, ao pronunciar este discurso de crescimento e emprego , gerou uma corrida nos mercados financeiros contra o franco ; todo mundo apostou . O raciocínio semelhante : anúncio de mais emprego na França , e não há mais emprego para a França sem mais investimento , e como não há possibilidade de mais crescimento sem abandonar o franco forte, então só existe um caminho , ele vai desvalorizar a moeda ''. Mas o novo Presidente Chirac tomou de imediato três decisões fundamentais : anunciou a paridade para tranquilizar os mercados, visitou o Presidente alemão Kohl para tranquilizar os alemães e, depois, tranquilizou a opinião pública na ordem direta da sua importância . O exemplo francês é paradigmático .
K.M.
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