sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Balsa de Algiers , Canal St , no mercado.

Segui andando repleto de memórias perfeitas do mundo da noite, todas elas de alguma forma tão marcantes e milagrosamente ''inglesas'',  como se eu tivesse mesmo vivido tudo aquilo como um americano inglês. Parei em êxtase na Market St. , para reconstruir os eventos que os Estados Unidos , pretendente número um ao cargo de polícia mundial , já praticaram na era Reagan , em contraste absoluto à sua doutrina monetarista , paralelamente um hiper-keynesianismo estatista , ampliando constantemente , mediante gigantescos processos de endividamento interno e externo,  historicamente sem par , a economia do armamento improdutiva e , com isso , a parte disfarçada que ocupa a economia estatal em sua reprodução, arruinando-se dessa maneira até o ponto de ter que pedir esmolas de seus aliados para sua intervenção militar no Golfo Pérsico... (sem querer fui do apartamento que servia peixe com fritas até o apartamento de Carolyn e percebi, ao subir os degraus íngremes do prédio , que só em San Francisco e Lowell, Mass , havia degraus daquele jeito , e noites tão  goudtrichianas quanto  sugestivas do futuro. Talvez : ao mesmo  tempo, as polícias monetaristas dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha tenham feito com que a decadência das estruturas internas sociais e econômicas ultrapassasse tanto o nível geral e médio dos países ocidentais que também a esse respeito, ao repercutir realmente A CRISE , houve uma tentativa de usurpação do governo precisamente por aquele poder que o monetarismo queria afastar definitivamente : a saber , o LEVIATÃ , o monstro da economia estatal , que sempre  se levanta como a FÊNIX das cinzas quando o mercado chega ao fim de sua ''sabedoria'' . Mas a visible hand do Estado executa nessa situação exatamente o mesmo princípio básico que a invisible hand do mercado, até achegada da turbulência. A lógica da estagnação econômica mundial avançou da periferia para os centros. Depois dos colapsos do Terceiro Mundo nos anos 80 e do socialismo real nos 90 , foi a vez dos próprios países desenvolvidos. O princípio da rentabilidade que governa nossos destinos ainda partirá para uma última corrida deslumbrada antes de percorrer , até o fim,  seu caminho duplo de ''emancipação negativa''  e destruição social-ecológica. Balsa de Algiers , Canal St , no mercado. A barragem no fim da estrada
K.M.


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