Era uma cidade erguida em torno do rio , ao sul do equador . Acordei no quarto repleto de luz envelhecida e cinzas , rindo para conseguir repetir o sono anterior depois, após a função incalculável daqueles livros antigos na minha manhã ainda porosa , atenta e expectante , olhando-me no espelho com uma branda intensidade promissora : um silêncio que eu (mesmo culpando-me um pouco ) fazia durar mais que o pensamento, puríssimo ! Minha voz vinha dos meus olhos , como se uma alga dentro deles falasse por mim , algo inumano e ao mesmo tempo contendo o ser , ajustando-se gradativamente ao rosto e às palavras.
K.M.
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