quarta-feira, 5 de abril de 2017

O conhecimento trabalha como instrumento de potência.

Não se trata tanto de uma relação do tipo ''sujeito e objeto '', mas daquele determinante espírito animal dos investidores , que somente prospera sob o império de uma ''exatidão'' relativa às suas próprias percepções, e acima de tudo com bem-aventurada ''regularidade'' destas (de tal modo que o Mercado passa a se sentir em condições de seguir capitalizando experiências...  No mundo financeiro, o conhecimento trabalha como instrumento de potência. O sentido do conhecimento : para que determinada espécie possa conservar-se e crescer em potência, impõe-se que sua concepção da  realidade abranja tamanha quantidade de coisas calculáveis e constantes e que esteja em condições de edificar sobre tal concepção, todo um esquema de sua conduta. A  ''utilidade da conservação'' ---- e não apenas aquela necessidade abstrata e teórica de não ser enganado ---- coloca-se como motivo posterior à evolução dos órgãos do conhecimento.... tais órgãos se desenvolvem de maneira que basta sua observação para conservar-nos. A medida da vontade de conhecer depende da medida do crescimento na ''Vontade de Potência'. 

K.M.

3 comentários:

  1. A lógica seria um imperativo não para o conhecimento do verdadeiro, mas para fixar um mundo que ''podemos chamar de verdadeiro''. Creio nesse princípio sob a impressão de um empirismo infinito que parece incessantemente confirmá-lo. O A da lógica é como um átomo da reconstituição da ''coisa ''. será o caso então de considerarmos tanto mais severamente quanto mais afirmações ela pressupõe.. DE fato, a lógica (assim como a geometria e a aritmética ) somente se aplicam aos seres figurados que criarmos. A lógica é a tentativa de compreendermos o mundo verdadeiro segundo um esquema do ser fixado por nós ; mais exatamente : de tornarmos formulável e calculável o mundo verdadeiro.

    K.M.

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  2. Não ''conhecer '' , mas esquematizar --- impor ao caos suficiente regularidade e formas para satisfazer nossas necessidades práticas. Na formação da razão ,a lógica das categorias, a necessidade deu a medida : a necessidade não de ''conhecer '' , mas de compreender, de resumir, de esquematizar em proveito da inteligência e do cálculo (a interpretação de acordo cm as coisas semelhantes, iguais, o mesmo processo que sofre toda a imposição dos sentidos é o desenvolvimento da razão). Não é uma ''idéia preexistente '' que trabalhou ali, mas a UTILIDADE. A finalidade da razão é um efeito não uma causa... para a qual incessantemente existem esforços.

    K.M.

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  3. O instinto de utilidade que há em concluir assim como concluímos tornou-se para nós uma segunda natureza, ''somos '' praticamente este instinto. Para pensar e concluir com eficiência é indispensável admitir a existência do ''sendo ''. A lógica não maneja fórmulas senão correspondentes às coisas estáveis . O SENDO faz parte de nossa perspectiva principal.

    k.M.

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