sexta-feira, 3 de março de 2017
Que as cidades se iluminem à noite.
(...)
Que as cidades se iluminem à noite. Minha jornada acabou; abandono a Europa. A brisa marinha queimará meus pulmões; os climas perdidos tostarão minha pele. Nadar, mascar ervas, caçar, sobretudo fumar; beber licores fortes como chumbo derretido, - como faziam meus queridos antepassados em volta do fogo.
Mas voltarei ! , com membros de aço, a pele escura, os olhos em brasa: por minha máscara pensarão que pertenço a um raça forte. Terei ouro: serei ocioso e brutal. As mulheres cuidam destes ferozes enfermos que regressam dos países quentes. Participarei dos negócios políticos. Salvo.
Arthur Rimbaud
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