quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

A estrela nacarada de uma nebulosa ciência oculta.

...olhando-a de --- não, gradual pressão daquilo que não se percebia, embora não explicasse a evasão certa num intervalo... que tipo de ternura, ó criança (eu me perguntava mais tarde: que palavras inesperadamente sábias ou amistosas, que bater de asas voltariam a alcançar meu coração escondido daquele anjo, distante da minha selva, da minha raça, do meu céu (?), não foi difícil que meditando no hálito que havia roçado por ela, eu baixasse meus braços (alguma dúvida última: de passagem, agitando minha próprias asas; mas a fricção familiar e contínua de uma idade superior me tornava terrivelmente pensativo, com as mãos nos bolsos da calça jeans, chutando distraidamente alguma pedrinha pela Avenida Oceânica... rimo aonde (?) a que solidões iniciáticas (?), das quais mais de um gênio foi cioso de recolher toda a poeira secular em seu sepulcro, para mirar em si mesmo aquele nojo pela literatura, que cada dia se repetia com mais força em mim, e para que nenhuma suspeita remontasse ao fio aracnídeo; para que a derradeira sombra se mirasse em meu próprio ser e reconhecesse na turba de minhas aspirações a estrela nacarada de uma nebulosa ciência oculta.  Voltei a pensar em Nietzsche: ''Talvez se pudesse chegar a escrever algo verdadeiro quando essa repugnância pelos literatos e suas palavras moles chegasse a um grau irresistível; repugnância de verdade, dessas que podem provocar um jato de vômito

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