sábado, 27 de maio de 2017

Ah , em música pôr o que eu sentia!


Como tenho pensado em ti
nas noites úmidas,de névoa úmida,
na areia úmida.
Eu te sabia assim,
olhando para a mesma coisa
numa noite aparentemente vazia.
Mansa, pousaste as mãos
sobre minha ferida.
Mas, ah! ----
A falta de teu ser de volupia e
tristeza. O mar ... onde se via
o movimento da agua.
Era como se aágua
estrmecesse em mil sorrisos.
Como uma carne de mulher
sob carícia.
O luar era um afago tão suave ,
--Tão imaterial ! ---
Ahhhhhh
E ao mesmo tempo
tão voluptuoso e grave.
A água era teu corpo
a estremecer-se com delícia.
Ah , em música pôr o que eu sentia!
Unir do espasmo da harmonia
Esses dois ritmos contrastantes:
O frêmito tão perdidamente
alegre de amor sob a carícia
E essa grave volúpia da
LUZ BRANCA !

k.M.

 

Not like Dante. But discovering a COMMEDIA.


Soudain trop approchés.
Quelque chose 
dont on nous tenait 
à une distance mystérieusement favorable et mesurée. Le mouvement de son esprit.
But there would be no anxious angels telling them: 
------Heaven is the perfect picture
of a monarchy ; and there would be 
no fires burning ----
But in wich I might have stepped
Nor any in the sky except
FOUNTAINS OF IMAGINATION.
I would paint a different kind
of Paradise,
in scenes like that.
Not like Dante.
But discovering a COMMEDIA.

K.M.

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Sem se importarem com súplicas mudas.

 
As if they were questioning existence
or trying to recall something forgotten
Sem se importarem
com súplicas mudas.
At nothing.
Yet fingering the old flute
wich nobody played
and finally looking over
at him
without  any particular expression
----- Pois não...
se bem que sempre haja perigo
na exportação de um personalidade
fascinante para um ambiente assim
um ambiente que muitas vezes
diminui o poder transcendental
de qualquer um ----
See.
It was like this when
we waltz into this place,
a couple of Papish cats
Let´s cut
You and me could really exist
Wow I say
.She really hates poetry.
Antes mesmo de ter pensado em mim.
Silêncio total durante 
a execução da música. 
 
EU Vos Digo
Não pude evitar ficar assim.
Terrible depression
and a certain awful look

K.M.
 

!



ARREPENDIMENTO.


 Sem dúvida um redemoinho de boas notícias bem editadas após um distúrbio de ansiedade pode até vir a instilar uma espécie de  ''otimismo brando '' nos indivíduos, mas aqui não gostamos muito deste tipo de covardia para com nossos próprios atos; não nos devemos abandonar a nós mesmos sob o peso de uma vergonha ou de uma aflição inesperadas. Será melhor que a substituamos por uma altivez extrema. Para que servirá , afinal de contas ??? Arrepender-se de uma ação não é anulá-la, e tampouco não se desvanece quando 'perdoada'' ou ''expiada'' ou ''punida'' . Seria necessário ser muito teólogo para acreditar numa potência capaz de destruir a culpa. Todas as ações, de qualquer espécie que sejam, são de idêntico valor em suas fundamentos; semelhantemente, os atos que se voltam contra nós podem ser , por isso mesmo , úteis sob o aspecto econômico, e desejáveis para o bem público. Em certos casos particulares , afirmamos a nós mesmos que uma ação poderia ter sido facilmente evitada ---- somente as circunstâncias não teriam já percorrido toda a escala da ilegalidade ? ... Eis porque não se deve dizer : ''Eu não deveria ter feito tal coisa '', mas apenas : ''Como é estranho que não se tenha realizado isso cem vezes ?'' --- Afinal de contas, bem poucos atos existem que sejam típicos e apresentam uma verdadeira súmula do indivíduo ; e, a considerar quão pouco  a maior parte das pessoas são ''individualidades '', perceber-se-á quão raramente um homem é caracterizado  por este ou aquele ato particular. Vemos muitas ações ditadas pelas circunstâncias que ficam às vezes ''à flor da pele'' , movimentos reflexos que que resultam da descarga de um estímulo ; produzem-se normalmente antes que a profundidade de nosso ser seja atingida, antes que tenhamo-nos nos interrogado a esse respeito .  O ato traz muitas vezes uma espécie de torpor e e de constrangimento, de modo que o culpado está como que fascinado pela recordação e pela sensação embriagadora de ser SOMENTE  O ATRIBUTO de seu ato. Essa perturbação intelectual é , sem dúvida , uma espécie de hipnotização, que é preciso combater (de fato ) antes de tudo. 

K.M.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

!!




“O Siciliano” de Mario Puzo


 “O Siciliano” de Mario Puzo (Dom Quixote/Bertrand 11/10)
“O Siciliano” de Mario Puzo
Tradução de Maria Emília Ferros Moura


Baseado na vida Salvatore (Turi) Giuliano, salteador e extorsionário, famoso por liderar um movimento independentista, na Sicília dos anos 1950, este romance de Mario Puzo entrelaça-se com o best-seller do Autor, O Padrinho, já aqui comentado. A história insere-se no período final da estadia forçada de Michael Corleone na ilha, antes de regressar aos Estados Unidos. O conhecimento do activismo político desta figura da história siciliana do século XX  e a sua controvérsia ligação à Máfia chegou mesmo a terras do Tio Sam, transpondo fronteiras e tornando-se uma figura lendária. Mario Puzo construiu uma versão romântica da vida desta personagem, enquadrada na complexa situação social e política da época: uma Sicília incorporada na nação italiana, a qual tenta lentamente reerguer-se do colapso económico resultante da devastação causada pela Segunda Guerra Mundial.Durante as décadas de quarenta e cinquenta do século vinte, a Sicília esteve assolada pela fome e pela miséria, conjuntura astutamente aproveitada pelas famílias dominantes, que detém o poder das armas, à semelhança de um regime feudal.
Mario Puzo, após o êxito do seu primeiro romance sobre a Máfia, decidiu enquadrar a visão romanceada da vida de Salvatore Giuliano, após alterar ligeiramente a grafia do sobrenome para “Guiliano”, e  o novo enredo ficcional, mas baseado em factos verídicos, numa espécie de apêndice da série O Padrinho.

A acção de O Siciliano inicia-se no momento em que Michael Corleone decide regressar aos Estados Unidos, após o atentado que lhe vitimou a jovem esposa, Apollonia. Mas antes é incumbido de uma missão outorgada pelo pai Don Vito patriarca do clã:  embarcar o revolucionário e excêntrico fora-da-lei Guiliano, juntamente com a esposa, a bela Giustina, para que este deixe de ser uma pedra no sapato dos caciques da Máfia local, do Governo Central e da própria Igreja, que o vê como “um perigoso comunista”.

O Autor enriquece a trama com a moldura história e cultural da Sicília, para que o público norte-americano possa entender as diversas atitudes de algumas personagens do romance, nomeadamente a postura relativa à “omertà” ou a lei do silêncio. O Autor cai, no entanto, e muitas vezes, no exagero, tornando-se algo repetitivo e adquirindo por vezes o discurso uma tonalidade algo enciclopédica, neste campo.
Outro aspecto menos positivo do romance será, talvez, uma visão romântica e algo sublimada face às actividades do salteador Guiliano, o que tira à história algum realismo e aproxima um pouco o romance ao género folhetinesco. Quando comparamos a versão de Mario Puzo às notícias da época, a história perde ainda mais verosimilhança, sobretudo quando o Autor tenta comparar este carismático siciliano com uma lenda como Robin Hood ou uma figura histórica como Garibaldi. As fontes oficiais – que podem também ter a sua quota-parte de parcialidade – parecem desmentir a lenda popular de que o Verdadeiro Giuliano tenha alguma vez roubado aos ricos para distribuir o produto do roubo pelas classes mais desfavorecidas, como dá a entender o romance de Puzo.
O Autor no entanto, serve-se desta figura carismática para colocar em evidência os factores responsáveis pelo atraso no desenvolvimento da Sicília. Não poupa a influência da Igreja nem o governo de extrema-direita de então, expondo a relação simbiótica entre ambas as instituições e a Máfia Siciliana, a fim de manter o status quo resumido numa única frase de Lampedusa: «É preciso mudar para que tudo fique na mesma» (in O Leopardo). Mesmo que, para tal, se tenha de fazer um acordo com o próprio diabo, impedindo a implementação de políticas contrárias aos interesses dos caciques locais como sendo a reforma agrária, a implementação de água canalizada pública – o que impossibilitaria os donos das terras de explorar os seus poços, cobrando a água ao preço do ouro –, ou o policiamento, de forma reduzir a transacção de bens no mercado negro, a preços inflacionados. Mario Puzo preocupa-se em demonstrar, partindo deste quadro conjuntural, um povo que vive essencialmente da agricultura, estrangulado com impostos locais e dízimos ao clero local e que, ao mesmo tempo, é impiedosamente taxado em toda a sua produção agro-pecuária, minuciosamente fiscalizada pelos carabinieri. Ambos os poderes – a Máfia e o Estado – são, em muitos aspectos rivais, mas aliam-se com um fim comum: cobrar impostos aos pequenos produtores e proprietários. A Máfia só se torna inimiga do Estado para se colocar à margem das instituições e seguir as suas próprias regras, evitar cumprir com quaisquer obrigações. A nível local, a Máfia torna-se uma espécie de polícia privada dos grandes proprietários e ao mesmo tempo, adquire, ela própriam, a dimensão de um poderoso Lobby económico.

Enredo e personagens
As personagens principais da trama são Guiliano, o protagonista e herói romântico de Puzo, e Don Croce, chefe máximo da cúpula da Máfia, amado por uns, odiado por outros e temido por todos. Depois, vem toda uma galeria de personagens tipo, como o príncipe Ollorto, aristocrata local que vive na sua torre de marfim, um palácio rural, juntamente com a esposa, a duquesa, a quem Guiliano rouba o anel de casamento, passando a ostentá-lo como troféu. O verdadeiro Giuliano, fica-lhe com todas as jóias, deixando-lhe apenas aquele anel, levando-lhe o livro que a aristocrata estava a ler no momento do assalto, devolvendo-lho mais tarde.
O casal Ollorto surge no romance como aparentado com o Rei Victor Emanuelle, mas encomendando a protecção da sua casa a Don Croce, que deveria guardá-la do assédio dos salteadores, mediante o pagamento de uma espécie de imposto ou renda. O assalto, perpetrado por Guiliano, coloca Don Croce numa situação embaraçosa perante o seu cliente. Consequentemente, Guiliano passa a estar sob a mira da Mafia e, simultaneamente, das autoridades oficiais.

O professor Héctor Adonis, padrinho de Guiliano, homem de saber e inteligência, é outra personagem tipo: convive com a corrupção – frequenta a casa de Don Croce – sem no entanto partilhar dela. Assiste à ascensão social de uma classe medíocre, a qual consegue os seus objectivos não como fruto do mérito pessoal, mas através de chantagem velada e tráfico de influências.
Outra personagem interessante é Caspare Pisciotta, o braço direito de Guiliano, que incarna o arquétipo do traidor. Pisciotta é o Judas do romance. As atitudes que marcam a personalidade de Pisciotta permitem ao Autor criar um contraponto entre este e Guiliano, colocando-os como antagonistas.

As personagens femininas em “O Siciliano” representam não tanto um papel passivo, como seria de esperar numa sociedade onde as oportunidades para as mulheres não abundam, para além dos tradicionais papéis de esposa, mãe ou amante. Neste contexto, as mulheres em “O Siciliano” apresentam-se como aliadas incondicionais dos seus homens, independentemente de a conduta dos mesmos se encontrar conforme à lei ou não. Também elas são sujeitas à lei da omertà. As mulheres sicilianas de Mario Puzo prezam, sobretudo, a lealdade à família, numa perspectiva perfeitamente amoral. É o caso de La Venera, amante de Guiliano e amiga da mãe deste, e de Giustina, a namorada e, depois, esposa.  Da mesma forma, a mãe de Guiliano, cega de amor absoluto e incondicional pelo filho, independentemente dos crimes que este possa ter cometido.

Aliados/Oponentes

Héctor Adonis surgirá na trama não apenas como um aliado  de Guiliano, a quem admira a inteligência e a quem acreditava estar destinado um futuro diferente. Adonis é professor na Universidade de Palermo e é com desgosto que observa a qualidade do ensino superior decair vertiginosamente, devido à interferência dos chefes mafiosos na obtenção dos diplomas, mediante subornos e ameaças veladas. Hector é a personagem que dá corpo à consciência, e aos valores universais que ameaçam apodrecem lentamente com a evolução dos tempos, parasitados pelo triunfo da ganância sem limites.

A trama é desenvolvida através de uma teia dinâmica de intrigas, a qual atinge o clímax com a cilada armada no desfiladeiro de Portella della Ginestra, um episódio trágico no qual Guiliano se vê colocado no meio de um conflito de interesses e manietado quer por uma falsa aliança com Don Croce, e também pela acção do governo, em Roma, cujo titular é de origem Siciliana e com ligações à rede de Don Croce.
O desenlace processa-se com a traição de Pisciotta, cujo verdadeiro carácter é, desde cedo, detectado pelo Chafe da Máfia na Ilha, que aproveita as fraquezas do jovem e cava, assim, um abismo ainda maior entre este e Guiiliano.

Neste romance, Michael Corleone desempenha apenas o papel de observador, sem interferir directamente nos acontecimentos, limitando-se apenas a facilitar os meios de fuga a Guiliano e a Giustina.
A cena final é dramática, à maneira das antigas tragédias clássicas, tão ao gosto do professor Adonis, uma vez que toda a trajectória de vida deste salteador se presta a este género de narrativa, tendo dado inclusivamente origem a uma peça operática e a um adaptação ao cinema por Michael Cimino.

A solução do problema siciliano

Mario Puzo dá a entender no romance que a erradicação da Máfia siciliana só poderia ser feita mediante um regime político forte, com policiamento massivo e intervenção do exército, implementado por um governo “de esquerda” o mais próximo possível do regime soviético, de forma a eliminar a ligação entre os grandes proprietários e a Máfia.
Essa via- revelar-se-ia no entanto impossível, por razões culturais. A população siciliana, extremamente humilde e fortemente religiosa, jamais aceitaria mexer, mesmo de leve, na sua religiosidade, consolidada durante dois milénios, manifestando-se avessa à ideia um estado laico.
Mussolini, ao chefiar um governo de direita, uma ditadura militar, quase conseguiu a erradicação deste tipo de organizações criminosas. No entanto, prendia arbitrariamente qualquer pessoa contrária ao próprio regime, fosse ela ou não membro da Máfia – o autor ressalva a probabilidade de que um governo do tipo soviético fizesse exactamente o mesmo –, sem julgamento ou apuramento de provas. Com a vitória dos Aliados, supôs-se que todos os indivíduos mandados prender por Mussolini fossem presos políticos, baseado a ordem de libertação na presumível inocência de TODOS  os membros da oposição ao fascismo.

Com a vitória do PDC italiano (Partido democrata-cristão) a parceria Clero-Nobreza-Máfia é restabelecida. No final assistimos ao triunfo de don Croce como senhor da Ilha assumindo Héctor Adonis o papel de Historiador e cronista, fazendo a descrição caótica da Sicília:

«Com o desaparecimento de Guiliano, Don Croce Malo colocou a Sicília sob a sua pata e arrancava uma fortuna imensa, tanto aos ricos quanto aos pobres. Quando o Governo construiu barragens para fornecer água barata, Don Croce fez explodir o pesado equipamento para a sua construção. Na realidade, ele controlava todos os poços de água da Sicília, não lhe interessavam barragens (…)
Tomou sob a sua protecção pessoal todos os negócios da Sicília. Era impossível vender uma alcachofra nas lojas do mercado de Palermo sem pagar alguns centesimi a Don Croce. Os ricos não podiam comprar jóias sem fazerem um seguro a Don Croce. E ele desencorajava com pulso de ferro todas as falsas esperanças de aldeões que pretendiam reivindicar terras para cultivar da propriedade do Príncipe Ollorto, devido a “leis insensatas emitidas pelo Parlamento Italiano.” Entalados entre Don Croce, os Nobres e o Governo de Roma, o Povo Siciliano abandonou a esperança. Nos dois anos que se seguiram à morte de Guiliano, quinhentos mil sicilianos, na sua maioria jovens, emigraram.
Foram para a Inglaterra, onde se tornaram jardineiros, sorveteiros e empregados de restaurantes.  Demandaram à Alemanha, onde executaram pesados trabalhos manuais. Foram para a Suíça, afim de manterem o país limpo, e construíram relógios de cuco. Em França, tornaram-se ajudantes de cozinha e empregados de limpeza em casa de modas. Foram para o Brasil, abrir clareiras nas florestas. Alguns partiram rumo aos frios invernos da Escandinávia.
(…)

E assim, a Sicília tornou-se uma terra de velhos, crianças e mulheres que eram viúvas, mediante a vendetta económica.
As aldeias deixaram de fornecer trabalhadores para as propriedades dos ricos e os ricos também foram afectados. Apenas Don Croce Prosperou.»

Cláudia de Sousa Dias

Junho2011/13.02.2012

SALVATORE GIULIANO, EL SICILIANO







Salvatore Giuliano amaba a su Sicilia natal, de eso no hay dudas. También se sabe que fue un bandolero, que robó a los que más tenían y repartió parte de sus botines entre los más necesitados. El resto de su vida son un manojo de conjeturas.

Se sabe que fue contrabandista durante la Segunda Guerra Mundial, y que perseguido por la policía se refugió en las montañas de Palermo donde formó una banda con malhechores de la zona. Allí comenzó a codearse con la mafia, la Onorata Societá dirigida por Calogero Vizzini, para quien robaba a los hacendados y de quienes recibía apoyo para su causa fundamental, el independentismo siciliano.

Para ello se crea el Ejército para la Independencia Siciliana (EVIS) donde Salvatore Giuliano desempeña el papel de coronel de coronel, antes ocupado por Antonio Canepa. Su plan era crear un frente común contra el avance incipiente del comunismo en el país, y para ello no reparó en generar alianzas que pudieran favorecerlo. Así fue que recurrió también a los Estados Unidos, llegando a escribir una carta al entonces presidente Harry Truman, solicitándole la anexión de Sicilia a los estados norteamericanos.

El 1 de mayo de 1947 en Portella Della Ginestra, 3000 personas celebraban la festividad del trabajador. Cuando el zapatero de Piana dei Greci, secretario de la sección socialista local, tomó la palabra, desde las montañas circundantes, se oyó el crepitar de las ametralladoras que sesgaron la vida de 34 personas, incluidas mujeres y niños.

La mafia, en confabulación con el Estado y probablemente conectada con la CIA, estuvo detrás de la matanza, que nunca quedó oficialmente clarificada. Pero para las autoridades lo más sencillo fue acusar a la banda de Giuliano que había estado repartiendo pancartas anticomunistas anteriormente, y de quien se conocía que mantenía contacto con la mafia anti-oficialista.

A partir de entonces, la policía intentó detenerlo en gran cantidad de ocasiones. El Gobierno italiano envió 1000 soldados a Sicilia bajo el mando del coronel Hugo Luca para apresarle, pero no tuvo éxito. Giuliano era intocable en su tierra. Para ello contó con el apoyo de los campesinos y los estratos más humildes que lo veían como un Robin Hood siciliano.

La llegada de la Democracia Cristiana supuso el comienzo del ocaso para Giuliano. Los padrinos de la mafia Calogero Vizzini y Vanni Sacco congenian con el nuevo gobierno y dejan de necesitar de sus viejos aliados.
El 5 de julio de 1950 Salvatore es asesinado.

La policía se anotó el tanto pero nadie les creyó. Muchos sospecharon de la familia de Vanni Sacco, que buscaba sellar un nuevo pacto con el Estado.

La realidad es que Salvatore fue asesinado por su primo Gaspare Pisciotta que le disparó temiendo por su vida, al enterarse que Giuliano sabía que lo había delatado.

(.)

quarta-feira, 24 de maio de 2017

A VERDADE DE CERTAS AFIRMAÇÕES VERBAIS


Winner continuava sorrindo para cima. Mathieu cuspiu o chiclete e ficaram os dois olhando o céu negro da noite, o caminho e limalhas de prata, a insistência das estrelas isoladas que exigiam ter um NOME. No dia seguinte, à dez da manhã , Winner bateu à porta da Gerência Geral e avançou intimidado , sorridente, expondo à luz um olhar meio cinzento (ou era uma luz cinza e desanimada que insidia sobre ele, uma luz que chegava vencida depois de atravessar nuvens gigantescas de água e frio , o tempo se havia decomposto , um vento indiferente  entrava assobiando por todos os buracos do edifício até os tímpanos.

Mathieu ergueu a cabeça por entre pilhas de pastas e ficou farejando, sem carinho, aquele ar em carinho do ambiente, a zombaria, o jogo  , o desespero encoberto .

''Com licença '', disse , e se inclinou, batendo um tênis contra o outro perto do sinal de trânsito. 

''Ele só queria uma entrevista . Ele é o Gerente Geral. '', sugeriu Winner.

''A graça de uma entrevista ? ''

''Já se consideram em condições de documentar o evento. E essa é  a palavra justa : DOCUMENTAR. A VERDADE DE CERTAS AFIRMAÇÕES VERBAIS.'.

Winner contraiu a boca e o ombro, olhando para Mathieu. Houve um silêncio, um rancor, um desconsolo . Saindo das duas voltas do cachecol avermelhado  e desbotado , a cabeça do homem não parecia bêbada nem agressiva. Só que ele , aparentemente, não servia para aquilo que recitava tão penosamente, e nada era mais triste que a escuridão imóvel de seus olhos.

''Pode vir quando quiser '', disse Mathieu , mostrando-lhe os dentes com insolência. ''MINHA SALA ESTÁ SEMPRE ABERTA ''

Winner assentiu em silêncio, enquanto o francês deu meia volta e saiu. 

''What could she say to the fantastic foolybear ????? '', pensou, sempre jogando, estremecido de esperança, de energia, de sanha, quase jovem como ela. ''And what could she say to brother ?????, And what could she say to the cat with future feet ?????'' .

O vento sussurrava nos papéis cáidos no chão.

... to taste still hot upon the ground.

''Não sei francamente que lado tenho que escolher para cair parado '', pensou Winner, sentindo-se mil vezes mais infantil que o Winner que  voltava para a mesa do hotel para jogar agora.

Havia mil novas maneiras de intervir e apontar a possibilidade de se tirar proveito sem criar uma ruína, sem comer o capital, como o Mercado vinha fazendo naquele exato instante, diante da máquina de música.

K.M.












EMPREENDIMENTO PATRIÓTICO.


 ''Expliquei-lhe que singularmente '', disse Mathieu para Winner '' que eu havia escolhido uma profissão muito ''abstrata '' e ''conceitual''  , e que por mais talento que tivesse para ela, mesmo assim estava arriscando-me ao apresentar-me como ''cientista'' , pois meu verdadeiro talento , ainda que isso possa assustar, está inquestionavelmente n terreno da ação e da atuação pessoal''

''Mas ela talvez ache que ninguém tem menos talento para tratar de si mesmo do que você , moço '', disse Winner, acendendo um cigarro. Estava novamente debochando do amigo ao invés de dedicar-se à edificação meticulosa de seus argumentos.

''E devemos pensar que , enquanto isso , a terra está sendo textualmente dividida não em dois ou tres blocos, mas numa colméia de aplicação imediata de pensamentos

Mathieu não queria levar nenhum intriga adiante.

Winner elogiou-o depois, chamando -o de ''pessoa muito ativa'' , apesar das críticas. Via diante de si agora, passado tanto tempo trabalhando juntos, um espírito burguês perfeitamente civilizado e equilibrado , aplicando eficazmente suas MELHORES ENERGIAS  na busca do contato com pensamento s nobres , a excitação e  subserviência do orgulho ----- essas excursões  de Mathieu (pensava Winner ) não serviam apenas para diversão dele, do próprio Mathieu e do público em geral, mas tbm pretendiam conquistar a participação de pessoas muito influentes e ricas no EMPREENDIMENTO PATRIÓTICO.

K.M.





Nós, comerciantes ''


 Nós, comerciantes '' , me disse ela com um sorriso muito alusivo, contrastando um pouco com sua postura calma, mas mesmo assim muito majestosa ''Nós comerciantes não calculamos o tempo todo, como talvez se pense por aí. Nós ---- falo naturalmente nos líderes, pois os pequenos podem calcular o tempo todo --- aprendemos a considerar nossas idéias realmente de sucesso muito superiores a qualquer cálculo, mais ou menos como o êxito pessoal dos políticos e, afinal ,  do artista também .
K.M.

WHY SO HAPPY MEAL ?

 
Tenho aqui --- eu disse à ela.
''Pedidos que vão desde :
LIBERTEMO-NOS DE ROMA
até
AVANCEMOS RUMO À
CULTURA DE LEGUMES.
Os objetivos desejáveis
do segundo grupo
distinguem-se dos
DETALHES EXTERMINÁVEIS
do outro
POR AUGÚRIOS EMOCIONAIS.
In a very spiritual place
All the while
and up and down the steps, 
her eyes downcast all the while
and singing to herself...
Ilustre prima,
disse Winner então:
''É SINGULAR QUE METADE DE NÓS
NESTE EXATO MOMENTO
ESTEJA BUSCANDO SALVAÇÃO
NO FUTURO.
Mesmo assim,
ela disse:
''SUA ALTEZA DIRIA QUE A
ÉPOCA ATUAL
TEM ALGUM REMÉDIO???''
Não,
EU DISSE.
O momento atual é 
INSUPORTÁVEL
NENHUM AVANÇO APROVEITADO
até aqui.
E PERMITA AINDA QUE EU
CONSIDERE QUE AS COISAS
NÃO AVANCEM NEM RECUEM

K.M.

Varieties of Religious Experience.


A senhora conheceu meu princípio.
Segundo o qual
nunca se deve fugir de uma oportunidade
de introduzir O ESPÍRITO
NUMA FESTA
onde reinava apenas
O PODER.
They were putting up the statue.
In its usual fashion
and a lot of old italians
were standing all around
in the little side street
jus off the Avenue.
Falara no clube até meia-noite
SEM PARAR.
Varieties of Religious Experience.
O pacifismo assombrado no fundo de sua mente.
With achain and a crane
and others implements
and a lot of young reporters
in button -down clothes
were taking down the words
of one young priest
who as propping
all his arguments.

K.M.

''A relação entre negócios e poesia ''


''A relação entre negócios e poesia '', ela disse ''Naturalmente, falo em grandes negócios, negócios mundiais, que fui destinada a gerir devido ao meu nascimento ; eles são SEMELHANTES À POESIA, seja , que tbm tenham lá aspectos irracionais tanto faz, pois há mesmo aspectos místicos muito mais importantes que estes . E eu até gostaria de dizer que meus negócios especialmente têm este aspecto. O dinheiro é um poder extremamente apressado, segundo percebemos toda hora.

Winner sentiu novamente um súbito calafrio , que lhe pareceu vir diretamente do imperialismo econômico. Não era exatamente enganoso pensar assim, segundo o dialeto  necessário para se expressar os melhores argumentos, tão evidentemente sinceros que não se conseguia mais, naquele momento, levar vantagem sobre Winner.

''Diga apenas um quarto do que for dizer da próxima vez '', sugeriu Winner aos presentes na sala, '' caso realmente queiram se aproximar mais da verdade'' .

Santo Deus, mas ninguém ali estava cogitando ou julgando essa possibilidade. Ouviu-se uma batida na porta.

Era Mathieu.

''Boa noite, Winner, Miss Morrisey, e companhia . Não se importem se eu estiver parecendo com pressa '', ele disse, procurando uma cadeira para sentar-se.

''Selfmademan... '', disse Winner para Mathieu ''Eu tbm frequentei apenas duas séries de uma escola de comércio, mas com um só olhar entendo as mais complexas situações do mundo, e sei tudo o que preciso saber, mais depressa que as outras pessoas''

''Eu estudei economia política e toda sorte de ciências, muitas das quais inteiramente desconhecidas hoje em dia, e não conseguem explicar como faço isso, ou porque nunca falho em nada''

''Não há mistério, Mathieu ''

''É o segredo de um vida enérgica, simples, grande e saudável (!) ''

Certamente , aviva energia que Winner e Mathieu mais tardem sentiram em Miss Morrisey, diferia da admiração que alimentavam pelo resto do clube. Essa vez, a coisa começou com interesse puramente mental nos assuntos do clube .

''Um magnetismo imediato e leal ''.

''Um pequeno cosmos '.

''Praticamente não há um aspecto da vida ao qual essa engrenagem não esteja ligada''

A firma, segundo Winner, ainda estava naquela disparada para o alto  do início meteórico, ao qual Miss Morrisey viera agregar um ar  heróico. Apesar de todo o sucesso, tbm para os negócios de Miss Morrisey havia uma misteriosa avenida de crescimento, como para tudo o que era orgânico  .

''Sei, Uma vida cheia de mistérios desses '', assentiu Mathieu.

''Como não ? '', disse Winner.

Miss Morrisey sentiu-se impressionada pela viva convicção de Winner.

K.M.

!





according to a roundup of late world news

 
Rien, cette écume ,vierge vers
A ne désigner que la coup.
You´re hot they tell him
And they cool him
They stretch him
on the Tree to cool
And everybody after that
is always making models
of thisTree.
Algo sublime e teatral
UNIA OS DOIS.
Barroco do vazio.
Always crooning His name.
And calling Him to 
COME DOWN
AND SIT IN
ON THEIR COMBO
AS IF HE  IS THE KING CAT
WHO´S GOT TO BLOW
OT THEY CANT´T QUITE MAKE IT.
Une ivresse belle n ´engage.
Only He don´t come down
from His Tree
Him just hang there
on His Tree
looking real Petered out
and real cool
and also according to a roundup
of late world news.

K.M.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Como vê, é tudo seu (.)


Pronto ---- Winner disse à loira cor de alface, em tom triunfante  --- Como vê, é tudo seu (.) 

''Querido, nem por um segundo eu duvidei disso '' , disse ela, admirando-o ''Quero que saiba que sou muito sincera, e orgulhosa de todas as minhas medidas . Bem, naturalmente, pode perceber porquê. Não preciso recuar bem os ombros e respirar fundo, como algmas outras que eu poderia nomear com facilidade''


Winner pensava que esse era seu plano e o dela, pois os dois sempre acreditavam em muitas coisas ao mesmo tempo


O wísque era dourado com ouro , e aqueceu o frio sol de...


K.M.

!




sexta-feira, 19 de maio de 2017

SEMPRE HAVERÁ UM JUIZ CONTANDO O TEMPO.






''Que porra será que eu fiz de errado ??? Esses putos sempre torceram por mim .O que eu fiz pra esses escrotos, engolidores de porra blaft, plaft, PLAFT !!! , ficarem contra mim !!!!!!?????

Ainda estou bloqueando Mcgregor e já tarde : outra joelhada no estômago, se afasta. Pela primeira vez ele fica imóvel, a uns dois metros de distância, me olhando, eh, me jurando, oohhh yeaaahhhhhh ----- deve estar pensando em partir para a finalização. Estou zonzo, mas ele é mais cauteloso do que calculei. Para um galo de briga dando entrevistas, mas só finaliza quando tem certeza, sabe que no chão sou muito melhor (???? , não ) Enfm, ele nao quer se arriscar, quer me cansar mais antes, não ''anda no escuro '' de jeito nenhum. 

Sinto uma vontade doida de baixar os braços, meus olhos ardem de suor, não consigo mais engolir a gosma branca agarrada na minha língua. Levanto o braço, armo uma cutelada, ameaço  ---- ele não se mexe --- dou um passo à frente ---- ele não se mexe ----- dou outro passo à frente ----ele dá um passo à frente tbm --- nós dois damos um lento passo à frente e nos abraçamos ---- o suor do corpo dele me faz sentir a  dureza do seu esqueleto ---- o sopro da respiração dele me faz sentir sopro da minha própria respiração ---- Mcgregor me abraça sob meus braços  -----agora eu tento uma gravata ---- ele coloca a perna direit a por trás da minha perna direita , tenta me derrubar ---- tento me agarrar nas cordas como um escroto  arreglador ---- O TEMPO NÃO ANDA !! ----queria lutar no chão, porra, mas agora só quero mesmo é voltar para casa. Penso nela em casa... ouço vozes. Caio de costas. Mcgregor me pega na gravata, me imobiliza. Soa o gongo. Mcgregor volta para seu canto sob aplausos.

Pedro Vaselina não diz mais nada, com o rosto triste e segundo perdedor. É fogo, meu chapa, diz limpando meu suor. É foda, respondo, um dente balança na minha boca, preso apenas na gengiva. Meto a mão, arranco o dente com raiva e jogo na direção dos chupadores. Todos me vaiam. Não faz isso não , diz Pedro. Bochecho um pouco de água. Gongo. Juiz...

Ele está  inteirão e eu, podre. Nem sei mais em que round estamos. É o último ?? Penúltimo ??? Ele vai  querer me liquidar agora. Parto pra cima pra ver se acerto uma cabeçada no rosto. Ele desvia, me segura entre as pernas, me joga fora do ringue. Os chupadores deliram na arquibancada.  O juiz está contando o tempo. PRA ONDE AGORA ? o juiz está contando... cuspo um pouco de sangue no chão.QUERO IR EMBORA DAQUI. Se fosse valente, ia embora assim mesmo. Porra, a contagem continua. Em qualquer lugar do mundo, em qualquer situação, sempre haverá um juiz contando o tempo.

Ao centro, Juiz.

Automóvel, apartamento, mulheres bonitas, dinheiro no banco ---- SEMPRE HAVERÁ UM JUIZ 
 CONTANDO O TEMPO.

Mcgregor me  agarra, pro chão. Cai com a cara em cima do meu pau.

Mulheres bonita, automóvel, dinheiro.

Pulley de oitenta quilos. Rosca de quarenta. VIDA DURA.

Estou msmo fodido. Mcgregor projeta-se para frente e acerta uma cabeçada no meu rosto. O sangue enche minha boca de um gosto enjoado. Bato com as duas mãos espalmadas em seus ouvidos. Mcgregor desce um pouco o corpo...

Subitamente, ele ultrapassa minha perna esquerda numa montada parcial. STOU FODIDO MESMO.

FODIDO E ESTRAÇALHADO.

FODIDO E ACABADO.

FODIDO E POBRE.

FODIDO E MORTO.

Mcgregor tenta uma  parada antes de tentar amontada definitiva.

FODIDO. FODIDO.FODIDO.

Dou um virada forte. Rolamos pela lona . Paramos.

PUTA QUE O PARIU!!!

O que estou fazendo montado em cima dele??

PUTA QUE O PARIU !!!!

Meus joelhos estão no chão. O tórax dele entre as minhas pernas está imobilizado.

PUTA QUE O PARIU !!!!!

MONTEI!!!

ALEGRIA!

Vento quente de ódio da corja que estava me vaiando. ÓDIO !!!

CANALHA DECHUPADORES ESCROTOS COVARDES !!!

Golpeio a cara de Mcgregor no rosto com força. Bem em cima do nariz, UM , DOIS , TRÊS.

AGORA NA BOCA.

DE NOVO NO NARIZ.

Pau, cacete, porrada.

SINTO O OSSO DELE QUEBRANDO.

Mcgregor levanta os braços para tentar impedir os golpes, o sangue começa a esguichar de sua cara.

BOCA, NARIZ. OLHOS.OUVIDOS. DA PRÓPRIA PELE EM CARNE VIVA.

CHAVE DEBRAÇO! CHAVE DE BRAÇO ! , grita Pedro Vaselina. Eu o ignoro.

É fácil dar uma chave de braço numa montada, para se defender, quem está embaixo tem que botar os braços pra cima. Basta cair para o lado com o braço dele entre as pernas. Ele vai bater.

Mcgregor praticamente me oferece o braço para acabar com o sofrimento. 

''Desistir batendo no chão é digno, mas desistir com a cara no meu ´pau é vergonhoso.

A arquibancada está em silêncio. ''GRITEM AGORA  SEUS FILHOS DAS PUTAS !!!

MCGREGOR fecha os olhos, cobre o rosto com as mãos.

Deve estar rezando para acabar tudo.

PUTA QUE O PARIU !!!!

Minhas mãos doem. HOMEM MONTADO NÃO PEDE PENICO !!!

O juiz se ajoelha. Mcgregor já era.

PUTA QUE O PARIU !!

As luzes estão acesas . No meio do ringue o juiz levanta meus braços. Os aplausos vão aumento aos poucos.

Olho comovido para a arquibancada cheia de admiradores e curvo-me enviando beijos para os quatro cantos do planeta

SOU O  MELHOR DO MUNDO.

Dont fuck my head...

K.M.